Santo Erasmo
Século IV
A
tradição cristã descreveu a vida de Erasmo com passagens surpreendentes. Ele
pertencia ao clero da Antioquia. Foi forçado, durante a perseguição do
imperador Diocleciano, a esconder-se numa caverna no Monte Líbano durante sete
anos. Capturado e longamente torturado, foi levado para ser julgado pelo
imperador, que tentou de todas as formas fazer com que renegasse a fé em
Cristo. Porém Erasmo manteve-se firme e por isso novamente voltou para a
prisão. De lá foi milagrosamente libertado por um anjo que o levou para a
Dalmácia, onde fez milhares de conversões durante mais sete anos.
Na época do imperador Maximiano, novamente foi
preso e no tribunal, além de destruir um ídolo falso, declarou sua
incontestável religião cristã. Tal atitude de Erasmo fez milhares de pagãos
converterem-se, as quais depois foram mortas pela perseguição desse enfurecido
imperador. Outra vez teria sido horrivelmente torturado e também libertado,
agora pelo arcanjo Miguel, que o conduziu para a costa do sul da Itália. Ali se
tornou o bispo de Fornia, mas por um breve período. Morreu pouco depois devido
às feridas de seus dois suplícios, por este motivo recebeu o título de mártir.
As muitas tradições descreveram algumas
particularidades sobre as crueldades impostas nas suas torturas. Dizem que seu
ventre foi cortado e aos poucos os seus intestinos foram retirados. Devido a
esse suplício, santo Erasmo tornou-se, para os fiéis, o protetor das
enfermidades do ventre, dos intestinos e das dores do parto.
Os marinheiros ainda hoje são muito devotos de
santo Erasmo, ou são Elmo, como também o chamam. Desde a Idade Média eles o
tomaram como seu padroeiro, invocado-o especialmente durante as adversidades no
mar.
As fontes históricas da Igreja também comprovam a
existência de Erasmo como mártir e bispo de Fornia, Itália. Dentre elas estão o
Martirológio Gerominiano, que indicou o dia 2 de junho para sua veneração e a
inscrição do seu nome entre os mártires no calendário marmóreo de Nápoles.
O papa são Gregório Magno, no fim do século VI,
escrevendo ao bispo Bacauda, de Fornia, atestou que o corpo de santo Erasmo
estava sepultado na igreja daquela diocese. No ano 842, depois de Fornia ser
destruída pelos árabes muçulmanos, as suas relíquias foram transferidas para a
cidade de Gaeta e escondidas num dos pilares da igreja, de onde foram retiradas
em 917. A partir de então, santo Erasmo foi declarado padroeiro de Gaeta, e em
sua homenagem foram cunhadas moedas com a sua esfinge.
Após a recente revisão do calendário litúrgico, a
Igreja manteve a festa deste santo no dia em que sempre foi tradicionalmente
celebrado.
FONTE: Paulinas em 2014
http://www.catolicanet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=377:santo-erasmo&catid=42:santo-do-dia
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