terça-feira, 14 de junho de 2016

Beato Fernando de Portugal - 14 de Junho


Fernando, o Infante Santo

Beato Fernando
Um dos Painéis de São Vicente de Foramostrando Fernando.
ca. 1450-1470. Por Nuno Gonçalves, atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
Infante Santo
Nascimento29 de setembro de1402 em SantarémReino de Portugal
Morte5 de junho de1443 (40 anos) em Fez,Marrocos
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1470
Gloriole.svg Portal dos Santos

Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém29 de setembro de 1402 – Fez5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração.

História

Cedo se mostrou interessado na questão religiosa e, ainda muito jovem, foi ordenado 2º Administrador da Ordem de Avis por seu pai, que o fizera também 1º Senhor de Salvaterra de Magos e de Atouguia da Baleia.
Por ser o irmão mais novo, não teve acesso, como os mais velhos, a tantas riquezas, e intenta pôr-se ao serviço do papa, do imperador, ou de outro soberano europeu para ganhar prestígio e prebendas. O próprio papa Eugênio IV chegou a oferecer-lhe, em 1434 o título de cardeal que recusou. Por incentivo dos irmãos mais velhos acaba por desistir, virando as suas atenções para a luta da cruzada em Marrocos, da qual lhe poderia vir imensa boa fortuna.

Bandeira pessoal do infante D. Fernando
com a sua divisa: «Le bien me plaît»

Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada pelo irmão mais velho o Infante D. Henrique. O rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 — acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.

Devoção

Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao Infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando,_o_Infante_Santo

Fernando de Portugal (virgem e márts.)

Chamado também o "infante santo", "o príncipe perfeito" e "o abanderado" (porta-estante), nasceu em Santarém em 29-9-1402, filho do rei de Portugal D. João I e Filipa de Lancaster que educou muito piamente. Muito austero consigo mesmo, teve um delicado senso da justiça social unido ao uma grande compaixão para com os escravos, os navegantes e os doentes, que socorria com abundantes esmolas. Conservou-se sempre casto, recusando casamentos. Foi obrigado pelos irmãos a aceitar o título de Grão-mestre da ordem monástica-militar de Avis, conferido a ele pelo papa Eugênio IV em 1434, mas recusou humildemente o cardinalato que lhe foi oferecido pelo mesmo papa. O fato mais famoso de sua vida deu-se no dia 22 de agosto de 1437. Em estado de febre, partiu juntamente com o irmão Henrique, o navegador, a frente de um exército de 7mil homens para conquistar Tânger, mas no mês de outubro foram obrigados a suspender o cerco da cidade e aceitar as condições impostas pelos mouros, entre as quais a promessa de restituição da cidade de Ceuta. Fernando e 12 homens ficaram como reféns. Fernando foi levado a Tânger para Arzila, onde ficou 7 meses.
Com a recusa das cortes portuguesas de restituir Ceuta em maio de 1438, foi transferido para Fez, onde foi reduzido à condição de escravo e como tal obrigado a trabalhar duramente. As tratativas para a sua libertação foram todas inúteis pelas exigências exorbitantes feitas pelo sultão de Fez. Debilitado pelas privações, foi acometido por violenta desinteria, devido as péssimas condições de higiene em que era obrigado a viver. Foi confortado pelos últimos sacramentos, que permitiram que lhe administrassem e morreu rapidamente no dia 15 de junho de 1443, em êxtase por visões celestes que teve. O seu corpo teve as entranhas extirpadas e foi dependurado nos muros da cidade de cabeça para baixo. Apenas o seu coração foi levado para Portugal. Anos depois permitiram que seu corpo fosse levado para Portugal e foi sepultado no mosteiro da Batalha.
http://www.catolicanet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=426:iolanda-da-polonia-bem-aventurada&catid=42:santo-do-dia

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